Como viajar com cães pequenos na cabine: regras, documentos e cuidados essenciais

Tudo o que você precisa saber para embarcar com seu cãozinho de pequeno porte, da escolha da transportadora à documentação exigida pela Agência Nacional de Aviação Civil e companhias aéreas.

Viajar de avião com cães de pequeno porte tornou-se uma realidade cada vez mais comum no Brasil e no mundo. Mas a presença de animais na cabine exige planejamento rigoroso para atender às normas da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e das companhias aéreas. Uma falha em qualquer etapa pode impedir o embarque do passageiro e do pet, gerar custos inesperados e até comprometer toda a viagem.

Regras gerais para cães pequenos na cabine

Embora cada companhia aérea estabeleça sua própria política, existem critérios que aparecem de forma recorrente:

  • Peso máximo (animal + transportadora): em regra até 10 kg, embora algumas companhias aceitem até 8 kg e outras permitam 12 kg.
  • Transportadora: rígida ou flexível, ventilada, à prova de vazamentos e com espaço suficiente para que o cão se vire e deite confortavelmente. Ela precisa caber sob o assento da frente. Dimensões variam de acordo com a empresa (ex.: 43 x 31 x 20 cm na Latam, 55 x 35 x 25 cm na Azul).
  • Idade mínima: o animal deve ter pelo menos 4 meses de vida.
  • Documentos obrigatórios:
    • Carteira de vacinação em dia, com destaque para a antirrábica, aplicada há mais de 30 dias e menos de 1 ano (ou dentro da validade especificada pelo fabricante).
    • Atestado veterinário de saúde emitido até 10 dias antes do voo, declarando que o pet está apto a viajar.

 Importante: o cão deve permanecer dentro da transportadora durante todo o voo, sem exceções. Tirar o pet no colo ou deixá-lo circular pela cabine pode gerar advertência da tripulação e até multa.

Limite de animais por voo

As companhias definem um número máximo de animais por cabine (geralmente entre 3 e 6). Como a regra é aplicada por aeronave, pode acontecer de as vagas para pets se esgotarem mesmo quando ainda há assentos disponíveis para passageiros. Por isso, a reserva do espaço deve ser feita no ato da compra da passagem ou imediatamente após.

Custos adicionais

O transporte de cães na cabine não está incluído no bilhete do passageiro.

  • Tarifas variam de acordo com a companhia e o trecho: algumas cobram valor fixo por voo (ex.: R$ 250 a R$ 400 em voos domésticos), outras aplicam cálculo proporcional à distância.
  • Em voos internacionais, o valor pode ultrapassar USD 200 por trecho.

Atenção redobrada em voos internacionais

Aqui, as exigências se multiplicam, porque não basta seguir as regras da ANAC e da companhia aérea — é preciso atender também às exigências do país de destino. Entre as mais comuns estão:

  • Certificados sanitários internacionais emitidos pelo Ministério da Agricultura e validados por médico veterinário oficial.
  • Microchip de identificação implantado sob a pele do animal (exigência de União Europeia, Reino Unido, Japão, entre outros).
  • Períodos de quarentena obrigatória em países com restrições sanitárias mais rígidas (como Austrália e Nova Zelândia).

Cada país tem normas específicas. Um erro pode significar a recusa de entrada do animal, retorno imediato ou até a retenção em quarentena a custos do tutor.

Cuidados adicionais para o bem-estar do cão

  • Adaptação prévia à transportadora: acostumar o cão dias antes, para que ele se sinta seguro no espaço.
  • Jejum leve: em geral recomenda-se não alimentar o pet nas 3 horas que antecedem o voo, evitando enjoo.
  • Uso de tapetes higiênicos ou forros absorventes: essenciais para trajetos longos.
  • Evite sedativos: muitas companhias e veterinários não recomendam calmantes, pois podem alterar a respiração do animal em altitude.


A importância da PodeVoar

A PodeVoar atua como parceira completa para garantir que o embarque com pets seja livre de imprevistos:

  • Consulta personalizada: verifica a política da companhia aérea escolhida, peso máximo aceito, dimensões da transportadora e limite de animais no voo.
  • Checklist de documentos: orienta o tutor sobre prazos e formatos exigidos (ex.: modelo correto do atestado veterinário).
  • Reserva antecipada do espaço do pet: garante que o cãozinho tenha vaga confirmada na cabine.
  • Apoio em voos internacionais: confere certificados sanitários, microchip, prazos de vacinação e exigências específicas do país de destino.
  • Acompanhamento no dia da viagem: orienta sobre o despacho, check-in e eventuais dúvidas com a tripulação.

Assim, o tutor evita surpresas, economiza tempo e garante que o cão viaje com segurança e bem-estar — desde o embarque até o pouso.